sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Extensão Universitária em Santarém atende à comunidade

Por Ednaldo Rodrigues e Oti Santos
.
O artigo 207 da Constituição Federal garante que a extensão universitária é um dos tripés do ensino superior capaz de aproximar academia e comunidade, tendo a finalidade de colocar em prática a teoria aprendida em sala de aula.

Em Santarém, estão instaladas a Universidade Federal do Pará (UFPA); o Centro Universitário Luterano de Santarém (CEULS/ULBRA); a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); a Universidade do Estado do Pará (UEPA); o Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES); a Faculdades Integradas do Tapajós (FIT) e a Universidade Vale do Acaraú (UVA). A instituição mais antiga da cidade é a UFPA, instalada em 14 de outubro de 1970. As demais chegaram ao município a partir da década de 1980.

A coordenadora de extensão da UFPA (Campus de Santarém) professora Maria Luiza Pimentel, reconhece que as universidades Amazônicas, até pouco tempo haviam esquecido da extensão, não por descaso, e sim por conta do processo de evolução e das condições do ensino superior na região. Hoje, a realidade começa a mudar. Atualmente, a UFPA possui 21 projetos e programas de extensão, conta com 27 bolsistas e anualmente, atende 50 mil pessoas. Os projetos mais populares são "Olho de Boto" (divulgação cultural), "Arte na Escola", "Companhia de Artes ÔNPHALOS" e Agroecologia na Amazônia: um instrumento para a Educação Científica Básica", realizados em vários bairros da cidade.

Na CEULS/ULBRA (Campus de Santarém), há 21 projetos que, anualmente, atendem 80 mil pessoas. Os mais conhecidos são "Ações comunitárias: ULBRA um gesto de amor", "Cantando as diferenças", "Cidadão Amazônico Online", "Compostagem Agrícola e Educação Ambiental". Além disso, há nove anos, a instituição realiza o "Salão de Iniciação Científica". Nesta instituição a área de extensão é coordenada pela Professora Loreni Bruch Dutra.

O Campus da UFRA em Santarém oferece apenas o curso de Engenharia Florestal e desenvolve suas atividades de extensão (e pesquisa) em Santarém e Belterra, junto ao IBAMA e em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santarém (SEMA). Anualmente são atendidas seis mil famílias. O coordenador da universidade, João Ricardo Vasconcelos, disse que um dosprojetos de extensão mais importantes da instituição é a "Incubadora", que promove cursos de capacitação e confecção de produtos artesanais para a geração de renda às famílias, que vivem no entorno da universidade.

O coordenador da UEPA (Campus de Santarém), Luiz Fernando Gouvêa e Silva, afirmou que atualmente são desenvolvidos 12 projetos de extensão. Os mais importantes são "Agita Santarém" e "Diabetes Controlada". O "Agita Santarém" atende em média 1.500 idosos, no desenvolvimento de exercícios físicos. Já o projeto "Diabetes Controlada" atende 3.000 idosos, com a medição e controle do diabetes. Anualmente os projetos de extensão da UEPA atendem 30 mil pessoas em Santarém.

A coordenadora de extensão do IESPES, Susan Milene Serruya, afirma que a instituição desenvolve projetos interdisciplinares, com base em atividades solicitadas por associações e lideranças comunitárias. Atualmente, o Instituto trabalha nos bairros do Aeroporto Velho, Aparecida, Vila Arigó e Caranazal e nos distritos de Alter do Chão e Boa Esperança.

Nas Faculdades Integradas do Tapajós (FIT), até o final de 2008, os projetos de extensão ficaram atrelados aos dez cursos de graduação que a instituição oferece. Em 2009, a FIT instalou uma coordenadoria específica, tendo a frente a professora Silvânia Melo. Segundo ela, a partir de fevereiro, todos os projetos serão direcionados às áreas de cidadania e meio ambiente. O incentivo aos projetos da área ambiental deve-se a vocação natural e o meio onde a instituição está inserida.

A coordenadora da Universidade Vale do Acaraú (UVA), Evanilda Rêgo Corrêa, informou que a instituição desenvolve projetos de extensão nas áreas de história e de pedagogia.

Em todas as instituições há projetos de extensão, em sua grande maioria voltada às áreas social e cultural. No entanto, à produção científica o incentivo é mínimo.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Estudo na niversidade do Estado do Pará (UEPA) e faço o curso de música.
Lá não há nenhum tipo de icentivo para a produção ciêntifica ou mesmo projetos de extenção, Aff...