sábado, 25 de dezembro de 2010

REFLEXÃO SOBRE O NATAL

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Por Ednaldo Rodrigues (25/12/2010)

Natal das cores, das marcas, das festas, das classes sociais e das gigantescas árvores iluminadas e coloridas. O Natal da fé e o natal do mercado de consumo. São os natais de leituras e interpretações diversas que se apossaram de algo mais misterioso e divino, ou seja, o momento de comemoração pelo nascimento de Jesus Cristo (Imagem abaixo: internet).
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Assim como os acessórios lançados hoje, amanhã desprezados e substituídos por novos modelos e design que só servem de alimento ao dragão do mercado, a palavra natal em diversos recantos do mundo também virou fetiche. Sinônimo da troca de presente, fortalecimento do corpo e desidratação da alma.

Os enfeites inanimados ganharam vida, cores e até o dom da fala. Tornaram-se humanos e se apoderaram da inocência das crianças, dos adultos e dos idosos. Agora todos acreditam em papai Noel, mas se estiver com um saco cheio de presentes, especialmente, aqueles usados como fetiches e ao consumo do dia a dia.

Os brinquedos de ilusão substituíram o mistério da fé e o significado da vida cristã tem pouco haver com o natal do século XXI. Quase nada tem haver com o nascimento de Jesus Cristo. Pouco nos fala sobre o renascimento de cada homem e de cada mulher, em um momento que precisamos nos renovar e recomeçar a escrever a história de nossa vida como cristãos.

Os meios de comunicação, na sua grande maioria, no embalo do natal de mercado de consumo, também vendem suas utopias, ofertando um papei Noel mais original, que leva presentes e resolve em definitivo o sofrimento material de poucos. Um papai Noel que leva de tudo, menos amor, esperança e alimento as almas de milhões de pessoas pobres de matéria e miseráveis de espírito.

O natal de consumo, que chama a atenção e ganha às manchetes dos meios de comunicação pelo brilho das maiores árvores do mundo. Construídas por artesãos e operários explorados, que sobrevivem com um mísero salário mínimo, sem condições de preparar a ceia de Natal digna para alimentar a própria família deles e por isso, as árvores de natal mais admirada pela megalomania de poucos, não passa de ilusão. São árvores sem raízes, sem frutos e sem flores. Árvores estéreis, sem sombras, sem oxigênio e, portanto, sem vida.

Certa vez um de meus sobrinhos pediu do pai, um vídeo game como presente de Natal. Depois de ouvir o pedido do filho, o meu irmão me pediu que falasse ao menino sobre o nosso natal, uma realidade vivida no interior, em Santa Inês do Ituqui, nossa terra natal.

Eu disse ao garoto que o único brinquedo que tivemos foi um carro artesanal, feito de madeira, sem rodas, feito por um aprendiz de carpinteiro. O brinquedo rústico serviu aos quatro irmãos e foi o único que tivemos em toda a nossa infância (Imagem abaixo: internet).
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Recordo que em época de Natal minha mãe nos levava ao culto dominical para aprendermos o significado da data. Dizia que precisamos agradecer pela oportunidade de nascer novamente, junto com o Menino Jesus. Repetia sempre que o presente mais importante era nos agraciado por Deus, ao permitir que seu único filho se tornasse humano para redimir os nossos pecados e resgatar a todos sem distinção.

Depois de contar a história, o menino chorou e dispensou o presente que exigia dos pais. Ele cresceu, estudou, formou-se em dois cursos superior e jamais apresentou algum trauma de infância por que não ganhou presente de Natal.

O Natal verdadeiro para muitos é triste, mas também é um momento de partilha, solidariedade, reflexão, amor e jamais de humilhação dos que tem mais em relação aos que pouco ou nada têm. É um momento de reunião de nossas famílias para agradecer pelo dom da vida. Um momento de partilha, solidariedade e doação daquilo que temos e do que somos como pessoas.

O Natal de verdade significa o Amor de Deus por seus filhos e filhas errantes, no entanto, muito amados. Um ato sublime de resgate de tantas almas pobres, marginalizadas, esquecidas, maltratadas e vítimas do próprio orgulho, da ambição e do poder de nosso sistema cruel e selvagem.

Não podemos esquecer que nesse exato momento, em muitos lugares, há crianças que gostariam de receber como presente um pedaço de pão, um prato de comida, um cobertor, uma família, um atendimento médico, uma casa ou simplesmente a nossa atenção e um simples abraço.

O Natal das cores, portanto, das marcas, das festas, das classes sociais e das gigantescas árvores iluminadas e coloridas, jamais deverá substituir o verdadeiro sentido do Natal, que tem como base a fé, a família, a solidariedade e o sublime momento de comemoração pelo nascimento de Jesus Cristo, o redentor de nossas almas, através da aliança entre Deus e os homens.

Feliz Natal a todos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

IESPES realiza jornada de comunicação social

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O curso de jornalismo do Instituto Esperança de Ensino Superior (Iespes) realiza uma jornada de comunicação social. Tema: A idéia do pós jornalismo, abordado pelo professor da Universidade Federal de Brasília (UnB) Dr. Luís Martins da Silva, no dia 3 de dezembro, às 19h30, no auditório do Iespes.

O evento tem o objetivo de promover e fomentar a reflexão sobre o exercício do jornalismo a partir dos institutos, faculdades e universidades, criando condições favoráveis à pesquisa sobre a comunicação social.

O palestrante, professor Luiz Martins (Foto abaixo), é graduado em jornalismo e mestre em comunicação social pela UnB, possui doutorado em sociologia na Unb/Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Trabalhou no Jornal de Brasília, Globo, nas revistas Veja e Ciência Hoje. É professor da UnB, desde 1990 orienta pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado, e coordena o projeto de Extensão SOS – Imprensa, uma leitura crítica da mídia. Atua nas áreas de pesquisa e produção bibliográfica . Na UnB integra a linha de pesquisa “Jornalismo e sociedade” com o projeto “A idéia do pós jornalismo.” Sua mais recente publicação em 2010 versa sobre “O jornalismo como teoria democrática.”

A participação na jornada é aberta e gratuita. Quem desejar obter certificado de participação deve efetuar inscrição na coordenação do curso no Iespes e o pagamento de R$ 5,00. A jornada encerra no dia 4 de dezembro com a realização de oficina gratuita de produção de texto da notícia no rádio, das 8 às 12 horas.

Fonte: Assessoria de comunicação

terça-feira, 23 de novembro de 2010

LIRA MAIA: “ESTADO DO TAPAJÓS É UMA QUESTÃO DE HONRA!”


O Presidente em exercício da Câmara, Deputado Marco Maia, assumiu na tarde desta terça-feira (23) o compromisso de incluir na pauta de votações da primeira sessão extraordinária a ser marcada, os Projetos de Decreto Legislativo que autorizam os Plebiscitos do Tapajós e do Carajás (Foto: arquivo - Ednaldo Rodrigues).
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O Presidente esclareceu em audiência com os Deputados Lira Maia, Giovanni Queiroz, Asdrúbal Bentes e Zequinha Marinho que, “em virtude da votação da PEC 300, ainda não foi possível um acordo para convocação de sessão extraordinária, mas, caso a convocação ocorra, assumo o compromisso de levar os PDCs para votação”, concluiu o Deputado Marco Maia.

Ainda na tarde desta terça-feira, os Deputados Lira Maia e Giovanni Queiroz estiveram em audiência no Supremo Tribunal Federal com o Presidente do TSE, Ministro Ricardo Lewandowiski, para tratar dos recursos orçamentários referentes à realização dos Plebiscitos. Ficou acertado que os Deputados Lira Maia, Giovanni Queiroz e outros Deputados da bancada paraense apresentarão emendas individuais visando alocar os recursos para a realização dos Plebiscitos.

Após a audiência com o Ministro Lewandowiski, os Deputados foram até o TSE e definiram todos os detalhes técnicos para a elaboração das emendas que irão garantir os recursos para a realização dos Plebiscitos do Tapajós e do Carajás.

“Se ainda existia algum empecilho para a realização dos Plebiscitos do Tapajós e do Carajás este deixou de existir a partir de hoje com a garantia dos recursos orçamentários e a partir da manifestação do Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Deputado Marco Maia de colocar os projetos para votação, acredito que o tão sonhado Plebiscito será uma realidade no próximo ano”, concluiu o Deputado Lira Maia.

Fonte: Assessoria do Deputado Lira Maia.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Projeto de plebiscito do Tapajós ameaçado pelas MPs

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Por Ednaldo Rodrigues

Na semana passa os projetos que autorizam a realização de plebiscitos dos Estados de Tapajós e Carajás foram retirados de pauta. O acordo é que os projetos fossem votados esta semana (23-25/11), em Brasília, pela Câmara dos Deputados. No entanto, a semana inicia com a pauta trancada por conta de dez Medidas Provisórias.

Mesmo diante da incerteza, uma caravana de vereadores, prefeitos e lideranças do movimento social foi mobilizada através do Movimento pelo Plebiscito do Estado do Tapajós para acompanhar a votação, se a pauta for desobstruída (Foto abaixo: Edivaldo Bernardo).
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O professor Edivaldo Bernardo, que coordena o Movimento, o representante da Câmara Municipal de Santarém, vereador Reginaldo Campos (PSB) e o Coordenador de Integração Regional do Município de Santarém, Francisco Vanderley, nesta terça-feira, 23, vão se encontrar com outras lideranças em Brasília e ajudar o deputado federal reeleito Lira Maia (DEM) pedir voto junto aos deputados de outros estados em favor de Tapajós e Carajás.

Na semana passada o deputado federal reeleito Giovanni Queiroz (PDT), autor da proposta plebiscitária para o Carajás, pediu a retirada do projeto da pauta, para evitar que a sessão fosse derrubada por causa da oposição do vice-líder do PSDB, Antonio Carlos Panuzzio (SP), que requereu a verificação nominal (Foto de Arquivo: Audiência em 2008).
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O deputado Lira Maia informou que para uma votação segura dos dois projetos é necessário a maioria simples de deputados em plenário. Disse ainda que a maioria dos deputados em Brasília apóia os projetos de consulta plebiscitária. Por essa razão acredita que os dois projetos serão novamente incluídos em pauta nas sessões desta semana.

Tanto Tapajós quanto Carajás tem em seu favor, um requerimento de urgência, aprovado no primeiro semestre de 2010. Entre os dois projetos, Edivaldo Bernardo informou que o mais adiantado é o Tapajós, pois está pronto para entrar em pauta. O Carajás, mesmo que seja aprovado no Plenário da Câmara, ainda vai depende de outros trâmites.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ALAS empossa nova diretoria

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Por Ednaldo Rodrigues

O presidente da Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS), Eriberto Santos informou que a entidade promove reunião empossar a sua nova diretoria. O evento será realizado quinta-feira (18/11), às 18h, no Centro Cultural João Fona..

Dois candidatos demonstraram interesse em pleitear a presidência da ALAS para o biênio 2011/2012: Ednaldo Rodrigues e Eduardo Fonseca. No entanto, após entendimento resolveram compor e apenas uma chapa foi inscrita, encabeçada pelo escritor Eduardo Fonseca. Ednaldo Rodrigues vai continuar como Secretário Geral da ALAS pela terceira vez consecutiva.

Confira a formação da nova diretoria da ALAS.

Diretoria Executiva

Presidente - Eduardo Maurício Silva Fonseca
Secretário Geral - Manoel Ednaldo Rodrigues
Primeiro Secretário - Odenildo Queiroz de Sousa
Segundo Secretário - Francisco Edson Oliveira
Tesoureiro - Milton José Rego Corrêa

Suplentes da Diretoria Executiva

Elias Lopes do Rosário
Aurenice Araújo Gabler
Ezelimar Roque de Lima

Titulares do Conselho Fical

José Gumercino Rebelo
Antônio Santos Pereira
Hélcio Amaral de Sousa

Suplentes do Conselho Fical

Ivone da Silva Picanço
Eriberto Siqueira dos Santos
Isauro Farias de Sousa

A Academia de Letras e Artes de Santarém foi fundada no dia 18 de julho de 2004, pela Lei Municipal Nº 17.847/2004, de autoria do ex-vereador Osvaldo de Andrade, com empenho decisivo de Eriberto Santos e Ednaldo Rodrigues (Foto de arquivo: Comissão Provisória).

Em 2004, a ALAS foi organizada por uma comissão provisória, considerados os fundadores da entidade: Antônio Santos Pereira (Cronista), Domingos Djalma Rego Pereira (coordenador de cultura do município e instrumentista), Edivaldo da Silva Bernardo (Escritor), Efren de Jesus Neves Galvão (escritor), Hélcio Amaral de Sousa (historiador), Manoel Ednaldo Rodrigues (jornalista e poeta) e Wilde Dias da Fonseca (historiador), Padre Sidney Canto (escritor) e Eriberto Siqueira Santos (escritor), nomeados pelo decreto municipal Nº 245/2004, de 23 de novembro de 2004, para fundar a Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS). O presidente da Comissão Provisária foi o escritor Edivaldo da Silva Bernardo e Ednaldo Rodrigues, secretário.

Em 2010, é eleita a terceira diretoria da ALAS, que já teve como presidentes: Odilson Matos Guimarães Rodrigues, Eriberto Santos e agora deve assumir a direção da entidade o professor Eduardo Fonseca.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Vaccarezza recebe Movimento pelo Estado do Tapajós em audiência

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Por Ednaldo Rodrigues
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O coordenador do Movimento pelo Estado do Tapajós Edivaldo Bernardo será recebido em audiência pelo deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), às 15h. Esse encontro pode incluir o plebiscito de Tapajós e Carajás na relação dos projetos que vão ser votados agora em novembro.

A audiência está marcada para a tarde desta quarta-feira (10/11), em Brasília, com a participação do professor Edivaldo Bernardo, vereador Reginaldo Campos (PSB) e o deputado Federal Lira Maia (DEM) pelo Tapajós e o deputado federal Geovanni Queiroz (PTD), que defende o Carajás.

O deputado Vaccarezza é líder do governo, com poderes para ajudar a definir os projetos prioritários que vão ser votados com urgência neste final de ano. Além disso, está em campanha para a presidência da Câmara Federal a partir de janeiro de 2011. Os deputados Lira Maia e Geovanni Queiroz estão negociando a votação do plebiscito de Tapajós e Carajás, em troca de apoio ao novo presidente da casa.

A proposta das lideranças políticas de Estado do Tapajós e de Carajás é incluir os dois projetos na relação de prioridade que vai ser votada no final deste ano. A decisão vai sair do colegiado de lideranças que estará se reunindo hoje durante o dia, em Brasília.

Os projetos de plebiscito do Estado do Tapajós ao lado do Carajás são os dois que estão prontos para entrar em pauta. Uma das grandes vantagens que as lideranças que pleiteiam o plebiscito foi a aprovação do requerimento de Urgência Urgentíssima aprovado no primeiro semestre deste ano. Com isso, os dois projetos podem entrar em pauta com a maioria simples dos deputados, uma prática comum, em Brasília, em final ano.

Plebiscito do Estado do Tapajós pode ser prioridade na votação de final de ano


O coordenador do Movimento pelo Estado do Tapajós, Edivaldo Bernardo participa de reunião hoje (10/11), em Brasília. A proposta das lideranças políticas de Estado do Tapajós e de Carajás é incluir os dois projetos na relação de prioridade que vai ser votada no final deste ano. A decisão vai sair do colegiado de lideranças que estará se reunindo hoje durante o dia, em Brasília.

Os projetos de plebiscito do Estado do Tapajós ao lado do Carajás são os dois que estão prontos para entrar em pauta. Uma das grandes vantagens que as lideranças que pleiteiam o plebiscito foi a aprovação do requerimento de Urgência Urgentíssima aprovado no primeiro semestre deste ano. Com isso, os dois projetos podem entrar em pauta com a maioria simples dos deputados, uma prática comum, em Brasília, em final ano.

A comissão que está em Brasília fazendo as articulações para a tramitação do projeto do plebiscito é formado pelo coordenador do Movimento Edivaldo Bernardo, vereador Reginaldo Campos (PSB) e o deputado Federal Lira Maia (DEM) pelo Tapajós e o deputado federal Geovanni Queiroz (PTD), que defende o Carajás.

A inclusão do projeto na pauta de votação em novembro/dezembro/2010 é a ultima possibilidade de aprovação do plebiscito ainda este ano. Se isso não acontecer as lideranças do Movimento vão fazer o mesmo trabalho no ano que vem. Isso, devido a renovação considerável no Congresso Nacional e os novos deputados, certamente, desconhecem a existência do projeto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Morre a mulher mais idosa de Ponta de Pedras

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Por Ednaldo Rodrigies

Idalina Antônia de Jesus nasceu em 20 de dezembro de 1906, na comunidade de Redenção, próximo da Vila de Alter do Chão, em Santarém-Pará e morreu domingo (7/11/2010), na vila balneária de Ponta de Pedras. Em dezembro próximo completaria 104 anos de idade.

Em 2006 em uma conversa descontraída com Idalina de Jesus, conhecemos uma mulher simples, gentil e que não dava muita importância para a história que representava a Ponta de Pedras ao completar cem anos de vida.

Ela não esqueceu das dificuldades que enfrentou em diversos momentos importantes da história como: a Cabanagem, duas guerras mundiais, Depressão de 1929 e Ditadura Militar em 1964.

Para sobreviver ela e seus familiares trabalharam na coleta de cumaru e jutaicica. Extrairam leite de seringa e enfrentaram o desafio de se alimentar dos raros produtos colhidos da natureza, em tempos escassos.

Recordava que o meio de transporte para Santarém era conoa à vela, com 10 horas de viagem. Esse meio de transporte foi utilizado nesse trecho até 1951, quando foi aberta a estrada para a passagem de carros, hoje denominada Rodovia Everaldo Martins.

Idalina era filha de Manuel Antônio de Sousa e Virgulina de Jesus. Dona Dadá, como ficou conhecida em toda a região do Eixo Forte, era esposa de Alcides Pedroso Garcia com quem teve cinco filhos. Tinha 22 netos, 52 bisnetos e 10 tataranetos. Por isso, éra considerada matriarca da família Pedroso. A árvore genealógica dessa família já se mantém na região por mais de dois séculos.

O segredo para uma longa vida

Idalina viveu de forma simples, trabalhando na roça com o plantio de cana, banana, mandioca e fazendo coleta de drogas do sertão. Não esquecia da vida divertida e uma de suas maiores paixões, a dança: Valsa, Puladinha, Entrudo e Carnaval, cujos bailes aconteciam na Sede do Luso Brasil, em Alter do chão e na casa de amigos.

Lembrava-se de pedaços da história que viveu. Falava satisfeita e feliz como se fosse uma criança. Sentia saudade de muitos momentos. Das danças e dos puxiruns: “as pessoas se reuniam para trabalhar na propriedade de um morador da comunidade, em seguida o mesmo trabalho se repetia no terreno de cada um dos trabalhadores que participavam daquele puxirum”, recordava Idalina.

Muitas vezes esses eventos reuniam até 80 trabalhadores – Idalina lembra que durante o trabalho era uma festa, havia muita comida e bebida. Geralmente os homens ficavam porre de tanto beber Tarubá.

A divisão do trabalho era conhecida por todos: as mulheres derrubavam as árvores menores e o mato fino. Os homens, seguiam atrás, derrubando as grandes árvores.

A alimentação de Idalina também era muito simples com base no tradicional assado e o cozido, tendo como base o peixe: o charutinho - carne de tatu, de cotia e de caititu, caças encontradas nas matas do Eixo Forte naquela época.

Idalina de Jesus sempre morou no Sítio Redenção, uma localidade que se situava entre a comunidade de Caranazal e a Vila de Alter do Chão, um local tranqüilo e pacato.

O Sairé naquela época

A história também registra que o Sairé acontece na Vila de Alter do Chão há mais de três séculos, mas segundo Idalina o evento nem sempre ocorreu com regularidade.

Ela conta que nessa nova versão teve o privilégio de participar do primeiro Sairé. Revelou que durante muitos anos dançou o Corimbó, Lundum, Marambiré e a Desfeiteira.

Embora demonstrasse cansaço, os lapsos da memória ainda registravam muitas lembranças. Tentava cantar alguma música da época, mas não conseguia se lembrar da letra e da melodia.

De tanto insistir, consegiu lembrar de dois versos da Desfeiteira: “...Atirei com limão verde por cima do lampião, deu no padre, deu na pia, deu na moça que eu queria... e....rá..rá..rá...”. Sorriu e disse outro verso: ...”Tirei meu coração e o deixei em cima da calçada, você não fez nada, só me fez apaixonada.... e....rá..rá..rá..”. Sorri novamente.

As lembranças

A lembrança do passado levou Idalina as tardes de dezembro de 1920. Essa data a fez lembrar de muitas emoções que viveu quando jovem. De vez em quando, as lagrimas escorriam pelo rosto.

Lembrava da mãe dela e recordava que às 17h, a rotina da família era tomar banho, cuidar da casa e fazer comida para o jantar. O Natal também trazia grandes recordações. A tradição da família era rezar na Igreja Nossa Senhora da Saúde, no barracão do Sairé.

Até os últimos dias de vida, Idalina, morou em Ponta de Pedras entre os familiares. Morava em casa própria na companhia das filhas Irinéia Lobato e Justina.

A matriarca dos Pedroso, além das dificuldades peculiares de quem viveu em locais isolados da Amazônia, passou por momentos de grandes desafios. Em sua distante recordação destacou seis momentos conturbados da história que provocaram profundos reflexos em todos os lugares, inclusive no pacato Sítio Redenção.

Destacou o final do movimento da Cabanagem, a Primeira e a Segunda Guerras Mundial, a Depressão de 1929, a Revolta de Jacareacanga e a Ditadura Militar.

A matriarca dos Pedroso sempre viveu na Vila de Alter do Chão, mas com o tempo os filhos e netos se mudaram para a comunidade de Ponta de Pedras. O local foi transformando em um concentrado de pessoas da mesma família. O lugar ficou aprazível, tranqüilo e aconchegante para o dia-a-dia de uma pessoa com 103 anos de idade.

Mesmo com tantas vantagens Idalina resistiu a mudança, mas há doze anos, por insistência da família passou a morar na comunidade de Ponta de Pedras e depois de algum tempo já está adaptada novamente.

Aos 103 anos de idade, os parentes afirmam que ainda estava em plena atividade e não deixava dos afazeres domésticos como lavar pratos e arrumar a cama. Tomava banho sozinha, no banheiro ou na praia.

Sossego e paz a alma de Idalina de Jesus e conforto aos seus familiares.

domingo, 31 de outubro de 2010

Santarém perde uma de suas principais referências culturais

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Por Ednaldo Rodrigues

O maestro Wilde Fonseca, 90, faleceu quinta-feira (28/10/2010), às 23h15min, em Santarém, no Hospital Sagrada Família, vítima de câncer. O Maestro foi internado dia 27, às 11h30min, quando o quadro da doença se agravou. Wilde Fonseca (foto abaixo), carinhosamente, chamado de Professor “Dororó” completaria 91 anos de idade, no dia 13 de dezembro de 2010.

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Wilde Fonseca deixa viúva Madalena Santos Fonseca, com quem teve quatro filhos: José Wilde, José Agostinho, João Paulo e Benedito Augusto. No primeiro casamento, o Maestro teve dois filhos, José Augusto, que já é falecido, e Bernadete (atualmente residindo em São Paulo).

O Maestro nasceu em 13 de dezembro de 1919, em Santarém, Estado do Pará, Brasil. Filho de José Agostinho da Fonseca e Ana Dias da Fonseca. Em Santarém onde sempre viveu, fez todos os seus estudos: o primário no Grupo Escolar, atualmente, Frei Ambrósio, o ginásio através do Projeto Minerva e o segundo Grau, no Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira. Na Universidade Federal do Pará, Núcleo de Santarém, cursou licenciatura em Letras, em 1982.

Trabalhou como comerciário e ano Serviço Especial de Saúde Pública, antigo SESP, trabalhou durante vinte e três anos no Banco do Brasil. Aposentado pelo Banco do Brasil, não interrompeu suas atividades educacionais, passando a exercer o magistério como professor, nos colégios Santa Clara, Álvaro Adolfo da Silveira, Rodrigues dos Santos, Seminário São Pio X e Dom Amando.

Com a morte de Wilde Fonseca, morre também uma das maiores referências da cultura santarena. Como escritor deixou ao povo de Santarém e do Pará um grande legado através de sua produção literária e musical: é autor do livro “Santarém Momentos Históricos”, em sua 5ª Edição; “Rudimentos de Teoria Musical e Solfejo”, 3ª edição, “História do Colégio Dom Amando e da Congregação dos Irmãos de Santa Cruz no Brasil”, “Folclore em Santarém”; “Santarém Logradouros Públicos”.

Como músico amador também foi regente e co-fundador do Coral de Santarém e da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho. O Maestro também participou de Painéis FUNART de regência coral em Vitória (Colégio Sacré Couer), Cuiabá (Universidade Federal de Mato Grosso) e São Paulo (Universidade de São Paulo – USP).

A Filarmônica Professor José Agostinho foi funda em 1963 e por mais de duas décadas foi regente e dirigente da entidade. Wilde Fonseca deixa como sucessor regente da Filarmônica, o seu filho João Paulo Fonseca, que seguiu o mesmo caminho do pai, regente e professor de Música, formado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Santarém, certamente, perdeu uma de suas maiores referências culturais. Diante dessa enorme perda os membros da Academia de Letras e Artes de Santarém, os residentes em Santarém, estiveram na Igreja do Santíssimo Sacramento para prestar sua última homenagem ao colega Wilde Fonseca.

Wilde Fonseca, um dos maiores historiadores de Santarém, entre todos os seus feitos em benefício da sociedade santarena a educação e a cultura foram as áreas que recebeu maior contribuição por parte do maestro.

Até os últimos dias de sua vida participou ativamente das reuniões da Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS), como titular da cadeira nº 22, cujo patrono era o pai dele, maestro José Agostinho da Fonseca.

A celebração de corpo presente será às 15h, na Igreja do Santíssimo Sacramento e o sepultamento às 16h, no Cemitério Nossa Senhora dos Mártires, em Santarém.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Movimento pelo Estado do Tapajós faz balanço do 1º turno das eleições 2010

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A diretoria do Movimento pelo Plebiscito do Estado do Tapajós avaliou positivo o 1º turno das eleições gerais, no Oeste do Pará. Todos os anos de eleição a entidade realiza campanha de conscientização, destacando a valorização do voto regional, como forma de fortalecer politicamente a região, a fim de promover o equilíbrio de poder entre a capital e o interior do Estado do Pará.

Em 2006, o Movimento realizou uma campanha apenas com a fixação de placas de outdoor em vários municípios da região, solicitando aos eleitores que votassem em candidatos do Oeste do Pará. O resultado da campanha, realizada em parceria com Câmaras e Associações Empresariais foi a eleição de sete deputados estaduais e um federal.

Em 2010, o Movimento pelo Estado do Tapajós não contou com a participação da Associação Empresarial. Mesmo assim, o Movimento imprimiu 200 mil panfletos e mobilizou a fixação de 150 placas de outdoors em toda a região com a seguinte mensagem: “Você quer ao novo Estado? Vote em candidatos da região comprometidos com o plebiscito”.

O resultado da campanha contribuiu com a eleição de nove deputados estaduais da região (Airton Faleiro e Zé Maria (PT); Antônio Rocha e Josefina Carmo (PMDB); Alexandre Von (PSDB); Junior Hage (PR); Junior Ferrari (PTB); Hilton Aguiar (PSC); Gabriel Guerreiro (PV). E a reeleição do deputado federal Lira Maia (DEM).

O Movimento também registra o bom desempenho dos candidatos da região que não conseguiram votação suficiente para garantir vaga na Assembléia Legislativa (Reginaldo Campos (PSB); Nélio Aguiar (PMN), Bruno Pará e Marcela Tolentino (PDT) e Osório Juvenil (PMDB). Destaca a participação do médico Carlos Martins (PT) a deputado federal que apesar da maciça votação, com mais de 103 mil votos, não conseguiu vaga à Câmara Federal. Além de Odair Correa e Nel Fernandes, que também participaram do pleito.

A coordenação do Movimento avalia que o resultado alcançado no 1º turno da eleições gerais foram positivos, contribuindo, para fortalecer politicamente o Oeste do Pará, que avança com mais dois representantes na Assembléia Legislativo do Estado, em defesa das demandas da região e do plebiscito do Estado do Tapajós.

O quadro de representação de deputados estaduais e federais do Estado do Pará, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014, você confere abaixo:

Os 17 candidatos eleitos para deputado federal do Pará.

- Beto Faro (PT)
- Zequinha Marinho (PSC)
- Lúcio Vale (PR)
- Miriquinho Batista (PT)
- Cláudio Puty (PT)
- Zé Geraldo (PT)
- Josué Bengtson (PTB)
- Arnaldo Jordy (PPS)
- Zenaldo Coutinho (PSDB)
- Nilson Pinto (PSDB)
- Lira Maia (DEM)
- Wandenkolk (PSDB)
- Wlad (PMDB)
- Elcione Barbalho (PMDB)
- Priante (PMDB)
- Asdrubal Bentes (PMDB)
- Giovanni Queiroz (PDT)

Deputados estaduais eleitos

- Chico da Pesca (PT)
- Bordalo (PT)
- Valdir Ganzer (PT)
- Edilson Moura (PT)
- Bernadete (PT)
- Airton Faleiro (PT)
- Milton Simmer (PT)
- Zé Maria (PT)
- Simone Morgado (PMDB)
- Martinho Carmona (PMDB)
- Chicão (PMDB)
- Parcifal (PMDB)
- Antônio Rocha (PMDB)
- Macarrão (PMDB)
- Nilma Lima (PMDB)
- Josefina (PMDB)
- Tárcio Miranda (DEM)
- Pioneiro (PSDB)
- Sidney Rosa (PSDB)
- Alexandre Von (PSDB)
- Cilene Couto (PSDB)
- Megale (PSDB)
- Ana Cunha (PSDB)
- Haroldo Martins (DEM)
- Junior Hage (PR)
- Luzineide (PR)
- Eliel Faustino (PR)
- Raimundo Santos (PR)
- Junior Ferrari (PTB)
- Tião Miranda (PTB)
- Eduardo Costa (PTB)
- Alessandro Novelino (PMN)
- João Salame (PPS)
- Fernando Coimbra (PDT)
- Pio X (PDT)
- Cássio Andrade (PSB)
- Belo (PSB)
- Hilton Aguiar (PSC)
- Pastor Divino (PRB)
- Edmilson Rodrigues (PSol)
- Gabriel Guerreiro (PV)

sábado, 4 de setembro de 2010

Coordenação define programação do Sairé/2010

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A Prefeitura Municipal de Santarém, no estado do Pará, em parceria com a comunidade de Alter do Chão definiu a programação cultural e religiosa do Sairé/2010. Este ano o evento volta a ser coordenado pela Prefeitura, já que nos últimos ficou de fora porque a própria comunidade decidiu terceirizar o evento.
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Este ano haverá apenas dois shows de projeção nacional, pois as lideranças de Alter do Chão juntamente com a Prefeita Maria do Carmo entendem que a maior atração do Sairé são os Botos Tucuxi e Cor de Rosa. Com isso, foi possível abrir um grande espaço ao artista regional e local.
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A coordenação do Sairé 2010 é uma ação de governo da Prefeitura de Santarém que convocou todas as secretarias municipais. Cada uma delas terá uma função importante durante o evento, embora grande parte das ações esteja sob a coordenação da Secretaria Municipal de Cultura, que tem a frente Jarle Aguiar.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL E RELIGIOSA DO SIARÉ/2010

DIA 09/09 – QUINTA-FEIRA

08h00 – Cerimônia de abertura do Sairé 2010

09h00 – Café da manhã comunitário

10h00 – Show de Beto Paixão e convidados

19h00 – Rito Religioso (Praça do Sairé)

20h00 – Show de Chico Malta (Praça do Sairé)

20h30 – Show de Beto Paixão (Praça do Sairé)

21h00 – Danças do Sairé (Lago do Botos)

1º Ritual Indígena Borari-Tapajós

2º Brincando de Sairé

3º Lenda do Lago Verde

4º Danças da 3ª Idade (Marambiré, Desfeiteira, Lundum)

5º Ritmo do Pará

6º Cheiro do Sairé

23h00 – Regional Tucuxi

23h30 – Regional Cor de Rosa

24h00 – Show Rabo de Vaca

DIA 10/09 – SEXTA-FEIRA

19h00 – Rito Religioso (Praça do Sairé)

20h00 – Show de Cristina Caetano (Praça do Sairé)

20h30 – Grupo Coreografado da PMS (Lago dos Botos)

21h30 – Show Folclórico Cor de Rosa

22h30 – Show Folclórico Tucuxi

23h30 – Show Nacional Jammil e Uma Noites

01h30 – Show Banda da Arena

DIA 11/09 – SÁBADO

19h00 – Rito Religioso (Praça do Sairé)

20h30 – Show de Maria Lídia (Praça do Sairé)

21h00 – Início do Festival dos Botos

- Tucuxi

- Cor de Rosa

01h30 – Show Nacional – Tatau do Araketu

03h30 – Show Banda Fruta Quente

05h30 – Arrastão com Banda Adrenalina

DIA 12/09 – DOMINGO

15h00 – Show Banda Fruta Quente (Orla de Alter)

19h00 – Rito Religioso (Praça do Sairé)

20h00 – Show com Cantores da Terra

DIA 13/09 – SEGUNDA-FEIRA

08h00 – Encerramento da Festa (Praça do Sairé)

Derrubada de Mastros

Cecuiara e Quebra Macaxeira

21h00 – Baile dos Barraqueiros com Banda da Arena (Lago dos Botos)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

SEMC divulga resultado da Feira e Festival Folclórico 2010

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No encerramento da Feira e Festival Folclórico de Santarém, domingo (15-08), a coordenação divulgou os resultados de todos os concursos e competições realizadas no decorrer do evento.

Concursos tradicionais de Poesias, Música, Barracas, Rainha, gincana cultural, torneio de futebol masculino e feminino. O esperado resultado do Festival Folclórico foi conhecido só na segunda feira (16-08).

CONCURSO DE RAINHA

1º Lugar – Ivany Vasconcelos – comunidade de Alter do Chão
2º Lugar - Railena Priscila dos Santos – Cucurunã
3º Lugar - Luana Queiroz – São Bras

TORNEIO DE FUTEBOL

FEMININO

1º Colocado – Esporte Clube Portelinha – Terra Preta/Planalto.
2º Colocado – Cipoal II – Planalto.
3º Colocado – São Francisco de Ponte Alta – Eixo Forte.

MASCULINO

1º Colocado – Enseada do Aritapera – Região da Várzea.
2º Colocado – Santo Antonio Esporte Clube De Irurama – Eixo Forte.
3º Colocado – Grêmio Recreativo De Santa Luzia – Eixo Forte.

GINCANA CULTURAL

1º Lugar equipe “Preservadores da Natureza”, comunidade de Perema. Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rosilda Wanghon, com 543,5 pontos.

2º Lugar equipe “Farinhada”, comunidade de Cucurunã. Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com 539 pontos.

3º Lugar equipe “Os filhos da Boa”, comunidade de Boa Esperança. Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Pereira Chaves, com 458,5 pontos.

CONCURSO DE POESIA

1º Lugar Fagner Araújo da Silva, representando a comunidade Portelinha da Terra preta, defendendo a poesia “A vida no campo”.

2º Lugar Isabele Moreira, da comunidade de São José, planalto, com a poesia “Meu Lugar é tudo.

3º Lugar Odair José, da comunidade São Pedro, com a poesia “Natureza fonte de alimentação”.

CONCURSO DE MÚSICA

3º lugar ficou para Rai Silva, com a música “Terra que eu amo”, representando a comunidade Poço das Antas. Vamos receber o vencedor.

2º lugar ficou com Jair Castro, com a música “Morte da Sede”, representando a comunidade de Tracoá.

1º Lugar para Renato Castro, que defendeu a música, “Vôo em pensamento”, representando a comunidade de Tracoá.


CONCURSO DE BARRACAS

1º Lugar – comunidade de Irurama.

2º Lugar – comunidade de Cucurunã.

3º Lugar – comunidade de São Braz.

FOLCLORE

O resultado do Festival Folclórico só foi conhecido na segunda-feira (16-08), depois da apuração no auditório da Secretaria Municipal de Cultura, das categorias Quadrilhas Tradicionais, Quadrilhas Estilizadas e Dança de Carimbó.

CARIMBÓ

1º Lugar – Carimbó do Pará.
2º Lugar – Festa de Carimbó.
3º Lugar – Carimbó do Tapajós.

QUADRILHAS ESTILIZADAS

1º Lugar – Big Ben
2º Lugar – Funk na Roça
3º Lugar - Ficaram em patada as quadrilhas Coração Brasileiro e Brasileiros e Brasileiras

QUADRILHAS TRADICIONAIS

1º Lugar – Estrela D’alva
2º Lugar – Cinco Aros
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A programação encerrou com o show regional do cantor Wanderley Andrade e depois as apresentações dos grupos de Carimbó Tapajoara (ALISGRUF) e depois Banho de Cheiro (ASGRUF).

domingo, 8 de agosto de 2010

Comunidades surpreendem coordenadores da Feira e Festival Folclórico

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A coordenação do evento ficou surpresa com a resposta positiva das comunidades no primeiro dia de construção das Barracas. Os coordenadores Izenildo Pedroso e Cristiane Portela esperavam poucas comunidades como ocorreu nos anos anteriores, mas o ultimo levantamento realizado às 17h30 registrou a presença de 22 comunidades na Praça de São Sebastião.
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As comunidades que estão com barracas construídas são: Cipoal II, Poço Branco, Santa Maria, Irurama, São Sebastião, São Pedro e Santo Antônio (Br-163 - Km 124), São Miguel (Br – 163 -Km 130), São Brás, Enseada do Aritapera, Surubiuaçu, Perema, Lirio dos Vales, Boa Esperança, Picãe, Boa Fé (Mojuí), Pajuçara, Alter do Chão, São José, Portelinha, Santana do Ituquí e Ponte Alta.
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As comunidades que chegaram pela manhã deste sábado (7-8) devem concluir a construção de suas barracas domingo. Atendendo solicitação das comunidades a Secretária de Cultura Jarle Aguiar concedeu mais um dia às lideranças comunitárias para essa tarefa. Esse tempo será suficiente para concluir o trabalho até o meio dia do dia 10 de agosto.
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A coordenação lembra que as exigências são regidas por um regulamento que normatiza o concurso de barracas. A avaliação do júri inicia quando começa a construção. Os comunitários não podem utilizar produtos industrializados, como pregos, arames e madeira trabalhada. Os construtores utilizam palha, madeira rústica, cipós e outros produtos naturais típicos do interior.
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Nos três dias destinados à construção das barracas, a Prefeitura Municipal de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura (SEMC) garante o café da manhã, almoço e jantar para duas pessoas de cada comunidade. Para garantir o almoço dos comunitários neste sábado, a SEMC contratou 60 refeições.
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Neste domingo (8-8) a coordenação da Feira da Cultura Popular e Festival Folclórico vai continuar recebendo as comunidades que vêem do planalto, rios e várzea. Por ocasião da realização desse evento, os servidores da SEMC dão expediente nas dependências do Centro Cultural João Fona e na Praça de São Sebastião.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O mito parou de falar no rádio


Por Ednaldo Rodrigues - 3/8/2010

Esta notícia jamais gostaria de relatar. Em 27 anos de trabalho voltado aos meios de comunicação na Amazônia, desde os primeiros anos de vida na comunidade de Santa Inês do Ituqui, ainda criança já ouvia um dos maiores ícones do Rádio Brasileiro, o inconfundível e inimitável Edinaldo Mota. Em mais quatro décadas ninguém fez rádio com tanta maestria, talento, criatividade, versatilidade, dinamismo e sabedoria.
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No final da programação de abertura da 33ª Exposição Feira Agroindustrial do Baixo Amazonas tive a grata satisfação de me encontrar e conversar com o meu Xará Ednaldo Mota, acompanhado de sua filha Elmara.

De repente Edinaldo disse-me: “vou te dar uma notícia de primeira mão - Eu não volto mais p’ro rádio”. Como os milhares de ouvintes do Edinaldo Mota sabem, ele foi acometido de um Acidente Cardiovascular, conhecido como AVC, que atingiu as cordas vocais dele.

Confesso que tive dois sentimentos antagônicos: o primeiro fiquei feliz em ver o Edinaldo Mota recuperado e disposto, inclusive assumindo suas funções de Vice-prefeito da aconchegante Belterra. Depois fiquei triste pelas seqüelas deixadas pelo AVC, impedindo definitivamente o retorno de Edinaldo Mota ao rádio.

Antes do AVC, Edinaldo Mota, carinhosamente chamado “Dinossauro do rádio santareno”, com o seu jeito moleque de comunicar era titular absoluto do programa “Bom dia Alto Astral”, que ia ao ar de segunda a sexta-feira, das 6h às 7h, pela Rádio Guarany FM, em Santarém.

Somando o tempo de trabalho nas rádios Rural AM e Guarany FM são 43 anos de dedicação ao rádio, ininterruptamente. Parou em decorrência das seqüelas nas cordas vocais, mas não pode reclamar jamais da falta de sucesso. Sempre foi um dos locutores mais queridos tanto pelos ouvintes como pelos patrocinadores.

A lenda que fez o rádio mágico

Ednaldo Rodrigues
Oti Santos
Minael Andrade


Em 1961, Edinaldo Mota morava em frente ao prédio da Rádio Clube de Santarém, na Travessa dos Mártires. Ainda não havia descoberto a sua paixão pela profissão. Como os radialistas da época tinham como primeira exigência estudar no Colégio Dom Amando, ficou animado para fazer um teste. Atravessou a rua e imediatamente o mandaram entrar para ser submetido à avaliação. Recebeu uma planilha com vários textos e acessou o estúdio. No pátio da emissora, em um muro baixo, apelidado de “pau da garça”, estavam sentados Osmar Simões e Rostan Malheiros, técnico e diretor da emissora, respectivamente. Ao sair da rádio para a rua, Osmar Simões, posicionado de costas, fazendo gestos e seguindo para o estúdio, disse com uma voz bastante grave, típica do radialista: “agora vocês vão ouvir um homem falar‟. Edinaldo conta que depois de ouvir o comentário de Osmar Simões jamais foi saber do resultado do teste.

Os anos se passaram e já estudava em Santarém há muito tempo quando teve oportunidade de trabalhar no rádio. O início das atividades do radialista Edinaldo Mota na Rádio Rural se deu após ter participado de um concurso entre setenta e cinco candidatos. O teste era feito na Casa Cristo Rei. Os candidatos sentavam-se formando uma pequena platéia e cada um fazia o seu teste diante dos outros concorrentes. O teste consistia na leitura de um texto de publicidade, um texto do programa “Correspondente Rural” e outro de aniversário, do programa “Parada Social”. A direção era do radialista Ércio Bemerguy, que pedia aos candidatos que fizessem alguma animação de improviso.

Edinaldo Mota que já acumulava experiência vivida em Belterra, em palcos, casa paroquial e nos clubes decidiu fazer uma apresentação bem descontraída, com alguma pitada de humor, e a sua performance o destacou. Entre os concorrentes estavam J. Nogueira e Edmar Rosas, os dois portadores das mais belas vozes do rádio santareno.

Poucos dias após o concurso, os três foram colocados no estúdio da Rádio Rural para fazer locução de programas. Ércio Bemerguy convidou Edinaldo Mota para participar do programa de auditório E-29 Show, por meio do qual o “dinossauro do rádio” garantiu o seu lugar na Rádio Rural.

O primeiro programa do Edinaldo na Rural foi “Trenzinho do sucesso‟, uma vez por semana, com meia hora de duração, das 10h30 às 11h. Edinaldo Mota fez um programa diferente para fugir do tradicional, na tentativa de criar a sua própria marca, de maneira espontânea, de acordo com sua personalidade. Na época recebeu o incentivo e o apoio do radialista Eduardo Ferreira (em Santarém) ou Eduardo Costa (Parintins). „Eu me inspirei em parte nas loucuras que ele fazia no estúdio. Eduardo Ferreira chegou até soltar fogos dentro do estúdio. Era muito louco‟, afirma Edinaldo.

O novo jeito de fazer rádio fugia do tradicional, da voz gutural e rebuscada de Osmar Simões, recheadas de “erres‟ e “esses‟, talvez herdados de sua origem portuguesa. Outro radialista com o mesmo perfil era João Silvio Gonçalves.

No reencontro de Edinaldo Mota com Osmar Simões na Rádio Rural, mesmo com o talento que Edinaldo havia comprovado, ele sempre perguntava: “onde está aquele caboclinho de Belterra; ou, “onde está aquele negrinho de Belterra‟. Edinaldo Mota, depois de muito tempo, descobriu que não passava de um jeito carinhoso de Osmar Simões tratá-lo por ser um novato, apesar dos seus vinte e seis anos de idade. Relata que Osmar Simões era uma pessoa séria, mesmo quando contava anedotas.

Edinaldo Mota construiu com Osmar Simões uma grande amizade, que lhe deu chance de conhecer um homem com muitas virtudes. Lamenta que “o pai do rádio santareno” esteja caindo no esquecimento, pelo que representou para a cidade de Santarém. Osmar veio de Belém, onde já era radialista da Rádio Clube do Pará e participava do cest, no rádio-teatro.

Osmar Simões passou a admirar o apresentador a partir do E-29 Show pelo seu talento, o seu jeito brincalhão. Edinaldo fazia dupla com Ércio Bemerguy, homem muito austero, mas que de vez em quando entrava na brincadeira: “em uma bela oportunidade apareceu no Cristo Rei uma luz estroboscópica. Eu e o Ércio Bermerguy terminamos de apresentar ao show com perucas louras, vestidos como jovens”, recorda Mota.

Com o tempo Edinaldo Mota criou seu próprio estilo, caracterizado pela comunicação fácil, usual, do dia a dia da sociedade. Ao utilizar a experiência do alto-falante em Belterra, adquiriu habilidade de falar algo que não está escrito: “eu gosto de relatar um fato que a vaidade dos mais jovens não permite: enquanto tocava a música eu escrevia o que eu ia dizer no intervalo”, afirma Mota.

O radialista desenvolveu tanto essa habilidade que no programa Música e Saudade não somente escrevia o que iria dizer no intervalo, como as frases terminavam com o título da música que iria rodar. Não se sabe quem utilizou primeiro esse artifício, se foi Edinaldo Mota ou Emir Bemerguy, um líder em audiência, no final dos anos de 1960, com o programa Poemas e Canções.

O “Papo Informal‟ foi um programa de grande audiência, que ficou no ar por mais de duas décadas. O nome surgiu em decorrência da falta de tempo do radialista. Edinaldo Mota sempre teve mais de uma atividade e o programa era uma saída para que não se comprometesse com uma seqüência, um estilo. Ele chegava ao rádio e dizia o que queria. Dessa forma passou a trabalhar como radialista, a partir do início de sua carreira, ininterruptamente.

O radialista afirma que um comunicador dificilmente passa despercebido pela audiência, quando cria um estilo próprio. Alguém vai gostar. Ele registra os programas históricos, tais como: “A nossa serenata‟, com Eriberto Santos; “Alvorada Rural‟, com Gerson Gregório; “Sinval Ferreira Atende‟, com Sinval Ferreira. Esses programas acabaram ou acabarão na medida em que os seus apresentadores foram substituídos.

A facilidade de improviso cresceu tanto que tirou Edinaldo Mota do rádio AM para trabalhar na Gruarany FM, embora contra a vontade dos mais jovens da família que lideravam a empresa. Eles entendiam que um locutor de AM iria modificar o estilo da FM, que naquela altura deveria ser utilizada apenas para tocar música.

Quando ainda estava na Rádio Rural, a pedido da empresa, viajou para várias cidades brasileiras para observar como as emissoras estavam reagindo à chegada da televisão, já em vias de ser instalada em Santarém. A turnê passou por Belém, São Luiz, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus. Em cada uma das cidades Edinaldo Mota visitou três emissoras de rádio: a mais ouvida, uma intermediária e a de menor audiência. A direção da Rádio Rural entendia que se não pudesse ser a melhor, poderia evitar ser prior.

Durante a viagem, Edinaldo Mota observou que as emissoras FMs estavam mudando a sua grade, fazendo um rádio “aemezado‟. Depois de algum tempo o estilo se tornou comum. Em Santarém, Edinaldo Mota foi o introdutor desse estilo e se manteve sempre com muita audiência. Mas não é verdade que a FM “aemezou‟ em todo o Brasil. O que ocorreu foi a segmentação da grade de programação de acordo com o determinado pelas pesquisas, pelo público e suas preferências, tanto em estilo, quanto em seleção musical. Tudo isso determinado pelo mercado, afirma o radialista.

Edinaldo Mota analisou a trajetória dos sessenta anos de rádio em Santarém e constatou que a atual realidade está muito distante em relação ao início, com a Rádio Clube de Santarém. Quando a Rádio Rural entrou no ar já detinha uma eficiente organização administrativa e tinha por trás a Igreja Católica, uma instituição forte e consolidada. Era, portanto, uma potência, mas tinha dificuldades para montar uma boa programação. A Clube já estava funcionando há anos, mas não havia uma liderança capaz de organizar a emissora, embora a programação fosse bem melhor, devido o jogo de cintura de seus apresentadores, como João Silvio Gonçalves, que certamente ouvia a programação das emissoras de fora, e em Santarém procurava fazer o mesmo.

Ao iniciar suas atividades, em 1967, o sistema da Rádio Rural era o trabalho em dupla. O locutor que fazia o primeiro horário, no segundo se tornava operador e vice-versa. Edinaldo confessa que não conseguiu aprender a lidar com a “consuleta‟ como era chamada a mesa com válvulas e botões grandes e pequenos. A situação piorou com o advento do computador nas emissoras.

Hoje os apresentadores manipulam todo o sistema de operação com uma habilidade incrível, graças ao computador, algo impossível no passado. Para atender uma música na hora, era necessário movimentar parte do quadro da emissora para encontrar os discos que não estavam programados. Atualmente o trabalho no rádio pode ser executado com uma facilidade impressionante, sem citar o acesso às informações de outros locais. Em 1948, o mundo era vasto e distante, mas sessenta anos depois a tecnologia o colocou no interior das casas, acessível através da internet.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Confirmado o início da Feira da Cultura e Festival Folclórico 2010


A coordenação da Feira da Cultura Popular e Festival Folclórico de Santarém promoveu a última reunião em preparação ao evento, que será realizado de 10 a 15 de agosto, na Praça de São Sebastião, em Santarém.
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Na reunião desta segunda-feira (02/08), pela manhã, na Secreataira Municipal de Cultura (SEMC), foram feitos os ajustes que ainda estavam pendentes. O encontro contou com a participação de 43 comunidades rurais, inscritas para participar do projeto em 2010 (foto abaixo - arquivo 2009).
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O evento tradicional conta com a participação de comunidades rurais e agremiações folclóricas. A coordenação é da Secretaria Municipal de Cultura e realização da Prefeitura Municipal de Santarém.

Nos seis dias de atividades serão realizados concursos de danças folclóricas (carimbo, quadrilhas tradicional e estilizadas), concursos de barracas, rainha, música, poesia, torneio de futebol masculino e feminino.

Fazem parte ainda dos atrativos do evento a demonstração de experiência das comunidades rurais, exposição transitória contando a história da Feira da cultura Popular de 1969 a 2009. Além do retorno da Gincana Cultural com a participação das escolas das comunidades.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO

DIA 10/08/2010 – (TERÇA-FEIRA)

17h00 – Concentração na Praça da Matriz (Av. Tapajós).

17h30 – Início da Caminhada - Trajeto: Av. Tapajós (Orla da cidade), Adriano Pimentel, com chegada em frente à Igreja de São Sebastião.

18h00 – Culto - abertura da Feira da Cultura Popular e Festival Folclórico 2010, na Praça São Sebastião.

19h às 20h – Praça São Sebastião
- Abertura Oficial da Feira da Cultura Popular e Festival Folclórico 2010.
- Pronunciamento das autoridades
- Orquestra Jovem Wilson Fonseca
- Visitação das autoridades às barracas.

20h às 01h – Praça de São Sebastião
- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Demonstração de experiência
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
- Cantinho da Leitura
- Concurso de barracas.

FESTA DO INTERIOR

20h30 - Praça de São Sebastião
- Apresentação dos grupos folclóricos das comunidades.

DIA 11/08/2010 – (QUARTA-FEIRA)

08h00 às 01h00
- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Demonstração de experiência
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
14h30 às 17h - Gincana Cultural - Anfiteatro
- Cantinho da Leitura
- Concurso de barracas.
- Folguedos e cordões de pássaros.
- Banda da Arena

DIA 12/08/2010 (QUINTA-FEIRA)

08h00 às 01h00 – Praça São Sebastião
- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
14h30 às 17h - Gincana Cultural - Anfiteatro
- Demonstração de experiência
- Cantinho da Leitura
- Concurso de barracas

PALESTRAS – Praça São Sebastião

9h – Empreendedorismo Rural (SEBRAE)
16h – Verticalização da Produção Familiar (SAGRI).
- Concurso de barracas.
19h30 - Concurso de poesia
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FESTIVAL FOLCLÓRICO DE SANTARÉM
21h00 – Quadrilhas Tradicionais e Danças.

DIA 13/08/2010 (SEXTA-FEIRA)

08h00 às 01h00 - Praça de São Sebastião
- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
- Demonstração de experiência
- Cantinho da Leitura
- Concurso de barracas.

PALESTRAS – Praça São Sebastião

9h – Cooperativismo (SEBRAE)
16h00 – Desenvolvimento Sustentável (EMATER)
- Concurso de barracas.
19h30 – Concurso de música

FESTIVAL FOLCLÓRICO DE SANTARÉM

21h00 – Danças Carimbó.

DIA 14/08/2010 (SÁBADO)

07h00 às 17h00 – Campo – Colégio Dom Amando.
07h30 – Abertura oficial do torneio de futebol.
08h00 – Desfiles das candidatas à rainha do torneio.

08h00 às 01h00 - Praça São Sebastião

- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
- Demonstração de experiência
- Cantinho da Leitura
- Concurso de barracas.
- Lançamento de Livro: “Cordão da Garça” – Edy Lopes

20h - Concurso de rainhas.

FESTIVAL FOLCLÓRICO DE SANTARÉM

21h30 – Quadrilhas Estilizadas e Dança Humorística.

DIA 15/08/2010 (DOMINGO)

07h00 às 17h00 – Campo – Colégio Dom Amando.

08h00 – Decisão do torneio de futebol.

08h00 às 01h00 - Praça São Sebastião

- Exposição e comercialização de Produtos agrícolas e artesanais.
- Demonstração de experiência
- Exposição transitória (História da Feira 1969-2009)
20h00 – Premiação: vencedores dos concursos.

II FESTIVAL DE CARIMBÓ DE SANTARÉM
- Carimbó Tapajoara
- Carimbó Banho de Cheiro

21h30 - Show regional – Wanderley Andrade

01h00 – Encerramento.

sábado, 24 de julho de 2010

O programa Rede Pará trás mais novidades em agosto

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O programa de televisão Rede Pará que iniciou há um ano visando cobrir as cidades pólo do Estado do Pará, ganhou uma dimensão maior que os seus idealizadores poderiam imaginar. Atualmente o programa é exibido em 74 municípios do Estado. Seis meses depois do programa no ar a produção criou uma nova forma de elaborar as pautas, ou seja, passou a contar com a participação dos telespectadores que através de e-mails e torpedos dizem onde o programa deve ser gravado.
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A diretoria do programa que tem a frente o publicitário e jornalista Eduardo Freitas conta com um time de primeira: Cristiana Cavallero na gerência administrativa, publicitário e apresentador João Paulo Cavalléro de Freitas (foto à esquerda) e o diretor geral do programa Cristiano Freitas (foto à direita).

Segundo os diretores o momento é muito importante ao projeto. Eles consideram que os bons resultados atingidos pelo programa significam o reconhecimento do trabalho que se volta à auto-estima do Estado e dos paraenses de modo geral que muitas vezes se vêem mais pelas notícias negativas do que pelos valores peculiares de um povo que tem talento e criatividade comprovada pela sua história.

O REDE PARÁ

O Rede Pará é um programa de televisão que propaga informações, acontecimentos, eventos e marcas dos municípios parceiros e organizações investidoras que compõem o Estado do Pará na contextualização mais positiva possível. Promove oportunidade com estratégica para aquelas cidades por muitas vezes esquecidas pela mídia estadual na divulgação da História, Cultura, Turismo, Esporte, Entretenimento e Desenvolvimento sustentável aos diversos segmentos sociais, além de agregar valores as marcas de diversos “produtos” que constroem o desenvolvimento dos principais Pólos do Estado do Pará.

No primeiro semestre do ano de 2008, o Grupo de Comunicação, Amazônida Clínica de Marketing Político- AMDa & CMKT SA, realizou uma pesquisa com a temática “A imagem do Pará para seus habitantes”. Constatou-se que: para cerca de 60% da população paraense, o Estado possui mais pontos negativos do que positivos, identificou-se no que tange a Educação, Emprego, Economia, Política, em fim desenvolvimento humano, muito se precisa melhorar e dar maior atenção.

Por outro lado no que se refere à cultura, 70% dos entrevistados acreditam que o Pará está bem abastado com diversos artistas que possuem conotação nacional e outros até internacional. Entretanto, em um ponto pode-se aferir que os paraenses não conhecem seu próprio lugar; cerca de 80% dos abordados afirmaram que desconhecem os principais Pólos paraenses, nem ao menos têm o conhecimento de suas maiores atividades econômicas e manifestações culturais, no entanto, possuem grande vontade em poder saber mais sobre estes municípios, pólos e regiões, em assuntos ligados à: Economia, Cultura, Entretenimento e Política.

A “boa imagem do Estado e o fortalecimento de marcas”. Estas são as duas premissas básicas do programa. Promover imagem construtiva do Pará e solidificar marcas parceiras que atuam ou que prospectam atuar no Pará. Devido aos desgastes imagéticos da profunda divulgação negativa, que por muito tempo existe no Estado por parte da mídia de massa, é que o REDE PARÁ trabalha de forma contínua e ininterrupta para a publicização do bem do Estado, na busca árdua, mas absolutamente gratificante, de tentar suprir a falta da visão positiva do paraense para com seu próprio lugar.

O REDE PARÁ é um programa de Televisão que está dentro dos programas que possuem as maiores audiências do Estado do Pará. É retransmitido em diversos canais de Televisão dos maiores Pólos do Estado, dos quais: Marabá, Altamira, Santarém, Itaituba, Paragominas, Tucumã, Tucuruí, Parauapebas, Carajás, Capanema, Bragança, Marajó e Breves.

Esta distribuição estratégica faz com que o programa esteja ativo em um complexo de rede de televisões, atingindo assim; absolutamente todos os maiores Pólos do Estado paraense, com um poder de alcance comparado ao de Mídia estadual, podendo ser exibido simultaneamente em até 74 municípios de todo o Estado.

Mano Menezes é o novo técnico da Seleção Brasileira

Luis Antônio Venker de Menezes (foto ao lado), mais conhecido como Mano Menezes, natural de Passo do Sobrado, em 11 de junho de 1962 é formado em Educação Física e Administração de Empresas.

Após a desistência de Muricy Ramalho o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira anuniciou oficialmente que o novo trainador da Seleção Brasileira é Mano Menezes.

Como jogador

Mano Menezes jogou apenas em clubes amadores. Demonstrando muita liderança em campo, Mano não se profissionalizou por possuir pouca habilidade como jogador. Cursou Educação Física e se tornou técnico paralelamente à sua carreira amadora.

Começou sua carreira no futebol como atacante, no clube gaúcho do Esporte Clube Rosário, administrado pelo seu pai. Logo, recuou-se para o meio-campo, depois virou volante e por fim se estabeleceu na zaga.
Depois do clube de Rosário, jogou por pouco tempo no Fluminense de Mato Leitão.

Logo, despertou interesse no Guarani-RS, e foi contratado entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980. Seu principal momento pelo Guarani foi na decisão por pênaltis do Campeonato Amador de 1988. Capitão do time, foi o responsável pela última cobrança, convertida. O título garantiu a vaga do Guarani para disputar a segunda divisão do Campeonato Gaúcho.
Logo, iniciou o curso de Educação Física. Jogando pelo Guarani, paralelamente iniciava a carreira de treinador, em 1986 no SESI do Rio Grande do Sul.

Como treinador

Depois do SESI, Mano foi técnico das categoriais de base do próprio Gurani-RS, onde jogara amadoramente, clube que se profissionalizou. Depois, treinou a base do Caxias e do Internacional de Porto Alegre. Também fez estágio no Cruzeiro em 1997, com Paulo Autuori.

Retorna novamente para o Guarani-RS, agora como treinador profissional, em 1997. Conseguiu destaque por lá, vencendo o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2002 e a seletiva para a Copa Sul-Minas nesse mesmo ano.
Depois, treina o Brasil de Pelotas e o Iraty, em 2002 e em 2003, respectivamente. Em 2003, volta ao Guarani e fica por poucos meses.
Em 2003, ganha notoriedade por sua boa campanha na Copa do Brasil de 2004, no comando do 15 de Novembro, chegando à semifinal e obtendo o 3º lugar.

Grêmio

Em abril de 2005, Mano Menezes foi contratado pelo Grêmio para ser o responsável por trazer o Grêmio novamente à Série A do Campeonato Brasileiro, pois o clube havia "caído" no ano anterior.

A meta foi cumprida e além de levar o "tricolor gaúcho" de volta à elite do futebol brasileiro, Mano conquistou o título de Campeão da Série B daquele ano em uma partida que ficou conhecida como "A Batalha dos Aflitos" devido aos acontecimentos que se desenrolaram ao longo da partida e ao fato desta ter sido realizada no Estádio dos Aflitos, estádio do Náutico, em Recife, no estado de Pernambuco.

Este episódio posteriormente virou um filme exatamente com o nome "A Batalha dos Aflitos", lançado em 2007. Naquela histórica partida, o Grêmio teve 4 jogadores expulsos, dois penaltis contra a sua meta, os dois perdidos pelo Náutico.

Anderson, hoje no Manchester United, da Inglaterra, marcou o gol go Grêmio, que retornou o clube à Série A. Em 2006, Mano levou o Grêmio ao título do Campeonato Gaúcho com vitória sobre o arquirival Internacional, título que o tricolor não conquistava desde 2001.

Ainda em 2006, classificou o Grêmio em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, obtendo assim, uma vaga para disputar a Copa Libertadores da América no ano de 2007.

Em 2007, foi bicampeão gaúcho fazendo uma brilhante campanha.
Na Copa Libertadores da América, eliminou dois dos grandes clubes paulistas, o São Paulo, nas oitavas-de-final, e o Santos, na semifinal, chegando à final e perdendo para o Boca Juniors da Argentina.
Mano Menezes deixou o Grêmio no final de 2007. Após 169 jogos, obteve 89 vitórias, 35 empates e 45 derrotas, o que representa um aproveitamento de 59,56%. Foram 302 pontos conquistados de um total de 507 [1].


Corinthians

No final de 2007, foi contratado para para dirigir o Corinthians [2], com a missão de levantar o clube que, com o rebaixamento pra a Série B, entrou na crise mais grave de toda a sua história.

No dia 28 de novembro de 2007, oficializou o final de seu vínculo com o Grêmio ao deixar de renovar seu contrato, dirigindo a equipe até 2 de dezembro de 2007, no último jogo do Campeonato Brasileiro, exatamente contra o que seria o seu próximo clube como treinador, o Corinthians, que naquele jogo foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Em 2008, disputando a Copa do Brasil, conseguiu levar a equipe paulista à final contra o Sport e ficou com o vice-campeonato após ser derrotado(venceu 3x1 e perdeu 2x0,perdendo pelo gol que sofreu em casa).

Após a derrota na Copa do Brasil, o Corinthians desviou todas as suas atenções novamente à Série B. Em 8 de novembro de 2008, levou o time, em uma bela campanha, com apenas três derrotas, ao título do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2008 - Série B.
Em 3 de Maio de 2009, levou o Corinthians ao título do Campeonato Paulista, sendo campeão invicto.

Em 1º de julho de 2009, sagrou-se campeão da Copa do Brasil, contra o Internacional de Porto Alegre, disputando o segundo jogo da final na casa do adversário, e fazendo a festa no Rio Grande do Sul. Com isso, conseguiu a vaga para a Taça Libertadores da América de 2010.

Em 2010, o Corinthians vira todas as suas atenções para a Libertadores. No Campeonato Paulista, o clube foi desclassificado por apenas dois pontos para o quarto colocado.

Na Libertadores, maior objetivo da equipe no ano de seu centenário, a equipe comandada por Mano fez uma brilhante primeira fase, sem nenhuma derrota. Nas oitavas-de-final, a equipe foi desclassificada pelo Flamengo, saindo prematuramente da competição, acabando com o sonho corinthiano de ganhar a Libertadores no ano do centenário, e deixando os corinthianos desapontados por nao terem conquistado nenhum titulo ainda.

Em 25 de junho de 2010, Mano Menezes entra para a história do Corinthians conquistando a centésima vitória no comando da equipe. A vitória aconteceu numa partida contra o Iraty, válida pelo Torneio Cidade de Londrina. O único gol da partida foi marcado por Jorge Henrique.

Seleção Brasileira

Em julho de 2010, após a eliminação da Seleção Brasileira nas quartas-de-final da Copa do Mundo e, consequentemente, a demissão do então técnico Dunga, Mano Menezes foi convidado a assumir o comando da seleção.[3] Mano deixa o Corinthians depois de dois anos marcados por uma passagem vitoriosa pelo clube, com três títulos, e com um aproveitamento de 64,4% dos 184 jogos que disputou pelo time.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mano_Menezes

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Seleção Brasileira tem novo técnico

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira anuncia hoje (23/7), que o novo técnico da Seleção Brasileira é Murici Ramalho. Murici substitui o ex-técnico Dunga que teve uma participação desastrosa na campanha da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

O novo técnico, no que se refere a mau humor não é diferente de Dunga. Alias a falta de humor é a marca registrada de Muricy Ramalho. Vamos ver o que vai acontecer, pois as mudanças têm haver com a preparação do selecionado do Brasil visando a Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil.

BIOGRAFIA
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(http://ihaa.com.br/biografia-e-fotos-de-muricy-ramalho)

Muricy Ramalho nasceu em 30 de novembro de 1955. É ex-jogador e técnico de futebol. Sua carreia como jogador se deu principalmente no São Paulo, onde jogou dos 10 anos aos 24 anos de idade. Ainda jovem já era bastante elogiado pelos treinadores.

Em 1971 treinou pela primeira vez entre os profissionais do São Paulo.
Sua estréia como profissional se deu dois anos depois, em 1973 num amistoso contra o União Barbarense (o jogo foi 0 a 0).

Em 1974 Muricy não teve muitas chances no São Paulo, o que o motivou a melhorar sua condição e física através de treinos bastante intensos.
No ano seguinte o jogador estourou, tornando-se um dos craques do time. Ele foi um dos responsáveis pela conquista do Campeonato Paulista de 1975, sendo considerado a revelação do torneio.


Nessa época, o cabelo comprido de Muricy chamava a atenção não só por destoar dos demais como também por ser criticado pelo técnico Poy. O jogador chegou a se afastar dos treinos por dez dias depois de brigar para não cortar o cabelo. Na volta, como marcou gols, resolveu “não cortar nunca mais”. “Eu era cabeludo, não rebelde”, lembraria Muricy em 2008. “Nunca fui rebelde. Sempre obedeci os técnicos.”

Todos acreditavam que Muriry Ramalho seria convocado para a Copa do Mundo de 1978, mas devido as más atuações dele e uma contusão no joelho direito, lhe tiraram a chance de defender nosso país.

Por causa desta contusão Muricy ficou sendo pouco usado no São Paulo e após no Puebla do México por alguns anos, encerrou a carreira de jogador.
Foi no próprio Puebla que ele iniciou sua carreira de técnico, em 1993.

No ano seguinte foi para o São Paulo para ser auxiliar técnico de Telê Santana. Muricy assumiu muitas vezes o time do São Paulo na ausência de Telê. Quando Telê Santa teve de se aposentar por problemas de saúde, ele ficou como treinador do São Paulo, mas foi demitido após seis meses, sendo substituído por Carlos Alberto Parreira.

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Quando Parreira foi demitido, Muricy passou novamente pelo “tricolor”, mas novamente não ficou muito tempo.
Muricy treinou vários outros clubes, como Náutico em 2001 e 2002, onde foi bicampeão pernambucano. Ainda em 2002 assumiu o Figueirense, livrando-o do rebaixamento no Campeonato Brasileiro .

Em 2003, agora no Internacional de Porto Alegre, ganhou o Campeonato Gaúcho de 2003 e fez uma ótima campanha no Brasileirão do mesmo ano.
No ano de 2004 foi para o São Caetano e lá ganhou o Paulistão.
Em 2005 o treinador volta ao Internacional e ganha o Campeonato Gaúcho e o vice campeonato brasileiro.

Deixou o clube gaúcho ao final do torneio e em 2 de janeiro de 2006 assumiu o São Paulo depois de quase nove anos. No começo de 2005, quando o então técnico Emerson Leão pediu demissão, o São Paulo contatou o treinador para ver se havia interesse, mas ele deixou claro que não sairia enquanto ainda tivesse vínculo contratual com o clube gaúcho, então o clube contratou Paulo Autuori e Muricy demorou um pouco mais para voltar ao clube do Morumbi.

Lá ele conquistou os Campeonatos Brasileiros de 2006, 2007 e 2008. O segundo título veio depois de ele balançar no cargo por causa da eliminação na Libertadores, diante do Grêmio. Quando o São Paulo perdeu para o Atlético-MG em casa na quinta rodada, Muricy colocou o cargo à disposição, mas o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, não aceitou sua demissão.

A partir de então, o time sofreu apenas mais duas derrotas antes de conquistar o bicampeonato por antecipação e, no começo de 2008, Muricy foi eleito pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), com onze pontos, o décimo quarto melhor treinador do mundo e o primeiro brasileiro da lista. Além disso, renovou seu contrato com o São Paulo até o fim de 2009.

Mesmo assim, com nova eliminação na Libertadores, viu seu cargo ameaçado quando o clube começou a conversar com Zico para assumir o comando técnico. Muricy chegou a ser cogitado para substituir Leão no Santos ou Abel Braga no Internacional e atacou dirigentes que trabalham contra ele nos bastidores — “O regime do São Paulo é presidencialista”, disse ele em entrevista coletiva em 27 de maio. “Não adianta tentar me derrubar. Quem manda é o Juvenal.” —, mas foi mantido.

Menos de um mês depois, no final de junho, uma oferta para treinar um time do Catar balançou-o. Ele acabou por recusar a oferta depois de ouvir de Juvenal que tinha a garantia de poder trabalhar até o final do ano. “É como um casal”, disse Muricy à época. “Só um pode fazer o que quiser e o outro tem de ser fiel? Essa postura tem de existir dos dois lados. Meu contrato nem tem multa. Só quis que fosse cumprido o que está lá.”

Mesmo após a conquista do tricampeonato brasileiro, a oposição a Muricy dentro do São Paulo por parte de alguns diretores continuou, o que se agravou com a derrota para o Corinthians nas semifinais do Paulistão de 2009. Sua relação com os jogadores foi-se deteriorando, e o técnico não resistiu à eliminação frente ao Cruzeiro pela Libertadores, em 18 de junho: na noite do dia seguinte foi demitido por Juvêncio. “Fizemos grandes contratações para a Libertadores”, explicou o dirigente João Paulo de Jesus Lopes ao JT. “Não é nenhum demérito a ele, mas chegou o momento de mudança”. Seu substituto foi Ricardo Gomes.

Pouco mais de um mês depois, em 21 de julho, o presidente do Palmeiras , Luiz Gonzaga Belluzzo, anunciou em seu twitter a contratação de Muricy para treinar o time do Palestra Itália em substituição ao interino Jorginho. A contratação deu-se após muitos dias de negociação, inclusive com o próprio Belluzzo anunciando o descarte do treinador por conta do alto salário exigido.O Palmeiras chegou a ser líder disparado do Brasileirão 2009, mas o sonho caiu por terra com seguidas derrotas, e até a vaga na Libertadores foi perdida na última rodada do campeonato.

Mesmo assim Muricy Ramalho emplacou 2010 no Palestra Itália, garantido por Belluzzo, apesar de o vice-presidente de futebol Gilberto Cipullo ter pedido sua demissão. Mas depois de um começo ruim no Campeonato Paulista, ele começou a ser questionado. Em 18 de fevereiro de 2010, veio a gota d’água: após o Palmeiras ter sido goleado pelo São Caetano por 4 a 1 em pleno Palestra Itália, Muricy Ramalho foi demitido do comando do time alviverde.

No dia 27 de abril de 2010 (cerca de 2 meses após sua demissão no Palmeiras) se apresentou no Fluminense.
No dia 23 de julho de 2010, Muricy Ramalho, é convidado pelo presidente da CBF Ricardo Teixeira para ser o técnico da Seleção Brasileira.

Eleições 2010: Qual a novidade?

Logo após a liberação da justiça eleitoral à campanha visando as eleições gerais no Brasil, no dia 3 de outubro, os candidatos iniciaram suas andanças pelo país.

Em 2010 os candidatos a presidente do Brasil como a maioria dos brasileiros já sabem são: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV - foto ao lado), Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB), Plínio Sampaio (P-SOL), Levy Fidelix (PRTB), José Maria Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO).

A grande novidade da campanha eleitoral deste ano, no entanto, é Marina Silva. Àqueles que acreditavam que Marina concentraria seu discurso ao meio ambiente se enganaram grandemente. Ela tem falado sobre todos os assuntos de interesse do país e vem surpreendendo os seus adversários com o seu dinamismo e domínio aos assuntos que estão.

Marina não tem economizado os temas e tem demonstrado que se fosse vencedora da disputa não teria dificuldades em dirigir os destinos do Brasil. Os debates, no entanto, têm extrapolado as fronteiras do país e ela tem viajado bastante ao exterior para ministrar palestras e participar de debates sobre a presidência da república.

Outra vantagem favorável a Marina Silva, nesse início de campanha, é que ela não tem se esquivado em comparecer nos debates em todos os setores da sociedade e nos meios de comunicação. Diferente dos candidatos de ponta. Eles fazem questão de não participar dos debates.

A eleição de Marina é improvável, mas a sua postura de respeito pelo eleitor e de interesse em participar das discussões sobre os temas de interesse nacional deve lhe render uma votação maior. Por outro lado o eleitor precisa ter uma percepção mais clara dos candidatos que dispostos em conquistar a presidência da república.

domingo, 11 de julho de 2010

Equívocos e saudades do velho Elinaldo Barbosa

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O futebol é uma das artes que privilegia apenas algumas pessoas dotadas desse dom que vem de Deus. Sou do tempo em que se acompanhavam as partidas de futebol, campeonato santareno da primeira divisão, no antigo estádio Elinaldo Barbosa, com a participação de grandes jogadores ovacionados pela grande torcida.

Na época as duas maiores forças do futebol, o São Francisco e o São Raimundo, inspiravam admiração pelo futebol bem jogado e isso traduzia o respeito das torcidas dos dois clubes. Os jogadores não recebiam salários para jogar, mas havia comprometimento, fidelidade à camisa e identificação com a torcida local.

O velho Elinaldo Barbosa era pequeno, mas aconchegante. Os técnicos dos clubes era gente do povo e jamais criavam animosidades com a imprensa. Outros clubes de nossa cidade Fluminense, Flamengo, Náutico, Esporte Clube Santarém, Norte Clube, Veterano e América Futebol Clube do saudoso Lahire Cavalléro. Todos esses clubes participavam das competições oficiais, mas a disputa realmente girava em torno de São Francisco e São Raimundo.

O tempo passou e um novo estádio foi construído. A metáfora da história nos revela que já tivemos grandes craques em nossos clubes, mas não havia uma boa praça de esporte. Hoje temos um estádio razoável, mas os bons jogadores da cidade desapareceram. Os dois principais clubes da cidade têm que importar jogadores se quiserem disputar um campeonato, mesmo assim, medíocre.

No sábado passado (10/7) fui ao estádio “O Barbalhão” assistir ao treino do novo plantel do São Raimundo. O clube se prepara para disputar o Campeonato Brasileiro da Série C. No entanto, sai desanimado, pois não consegui perceber vibração e entusiasmo dos jogadores em campo. Grande maioria é de fora. Não têm afinidade com os sentimentos do clube e nem identidade com a nossa terra. São bons jogadores, mas distante de uma boa média para a competição.

Mas o pior mesmo estava por vir. Houve um rumor de que o treinador do São Raimundo, Walter Lima, estaria no meio de uma polêmica com a imprensa. Ele não estaria permitindo que os repórteres setoristas divulgassem os assuntos internos do clube e nem permitindo entrevistas de certos jogadores às emissoras locais. Ou seja, estava com a mesma sídrome do "finado" Dunga que não nos levou a lugar algum com a sua arrogânica e falta de equilíbrio para conviver com a rotina do esporte.

Os rumores se tornaram fato quando o presidente do Sindicato dos Radialistas de Santarém, Minael Andrade e o repórter Nelson Moura, da Rádio Tropical de Santarém foram conversar comigo sobre um ofício encaminhado ao presidente do clube, Rosinaldo do Vale, para informá-lo sobre o ocorrido.

Não sei qual será a desfecho da medida adotada pelo presidente dos radialistas de Santarém. Só sei que agiu correto em mediar o impasse. O papel dele realmente é proteger os associados de sua entidade e como jornalista diplomado, jamais permitir ameaças a liberdade de expressão ou censura disfarçada à imprensa, seja pelo treinador ou por qualquer pessoa que use um cargo para esse fim.

Lamentamos profundamente a postura equivocada de Walter Lima. Essa atitude reforça a mesma antipatia do ano passado. Acompanhei uma novela parecida do treinador com o repórter Minael Andrade. No momento havia uma polêmica sobre quem seria o novo técnico do São Raimundo e ele dizia que daria entrevista quando o contrato fosse assinado. Mesmo depois do contrato firmado continuou tratando o repórter, a Rádio Rural e os ouvintes como se fosse a Rainha da Inglaterra.

sábado, 10 de julho de 2010

Pará: coligações majoritárias ao governo e ao senado

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A coligação “Frente Popular Acelera Pará”, encabeçada pelo PT, que tem como candidata ao governo do Pará, Ana Júlia Carepa, vice Anivaldo Vale coligou na majoritária com os partidos: PDT, PSB, PC do B, PRB e PV e na proporcional PTB, PR, PP, PSC, PHS, PTN, PT do B e PTC. Estes partidos vão apoiar os candidatos a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal. A grande maioria deles também vai apoiar Paulo Rocha ao senado: PT, PR, PP, PSC, PHS, PTN, PT do B e PTC, PDT, PC do B e PRB.

Três partidos que fazem parte da coligação "Frente Popular Acelera Pará" lançaram candidatos ao Senado em separado: PTB lançou a candidatura de Fernando Yamada; PSB lançou Rosineide Souza e PV lançou Anivaldo Lima.

A coligação “Juntos com o Povo”, que tem como candidato ao governo do Estado do Pará, Simão Robson Oliveira Jatene (PSDB) e vice o santareno Helenilson Pontes coligou com os partidos: DEM, PPS, PMN, PRP, PSDC e PRTB, apresentando 34 candidatos à Câmara Federal. O candidato a reeleição ao senado apoiado pela coligação é o senador Fernando Flexa Ribeiro.

O PMDB lançou o deputado estadual Domingos Juvenil Nunes de Souza candidato ao governo do Pará e vice é Hildegardo Nunes (PTB). O deputado federal Jader Barbalho é cnaidato ao senado. O PMDB não coligou com outros partidos. Além disso, registrou 18 candidatos à Câmara Federal.

O PSTU oficializou a candidatura ao governo do Pará de José Cleber Barros e ao senado Abel Ribeiro e Paulo Braga.

Fernando Antônio Martins Carneiro é candidato ao governo do Pará pelo PSOL. Ao senado Marinor Brito e João Augusto Oliveira.

Após o registro das coligações, nos TREs do país, percebe-se que a tão anunciada verticalização partidária caiu por terra mais uma vez. Da mesma forma em que ocorreu em todo o país, no Pará, a medida também foi ignorada.